APÓSTOLOS INFERNAIS
A cracolandia não é um lugar como a disneylandia
Mais um monstro mórbido que fica refugiado dentro de si
E pra onde quer que você vá o leva junto para alimentá-lo...
(O autor)
Sinto um cheiro fétido
Uma réstia
Um submundo
Uma loucura zumbificada pelo vício
O craque é escroque rápido e ligeiro
É só o diabo coçar um olho e pronto
Tiro mais que certeiro morteiro
Lentes para outros apocalípticos mundos
Pessoas ensandecidas vagalumes esquizoides na escuridão
Doentes prisioneiras infestadas pelo asco
Pelo vício como “um lanterninha de cinema “trash”
Algemadas por corrente mentais
Em "flash" de craques claquetes fiascos
Pacientes terminais
Atrofiados em seus cascos
Abandonados sociais
Entregues as baratas
Aos ratos caricatos
Mamelucos malucos
Sem tempo sem cucos
Só o sentinela do vício
O osso do oficio órfico
Arrastam-se por catedrais enfermas
Lesmas “putricidas” apodrecendo
Na masmorra do esquecimento
Doentes da alma doentes da lama
Hóspedes da obsessão
Mortos vivos de alucinações
Abortados arrenegados
Depois de crescidos...
Silenciam-se em sepulcros
Sem família sem espaços
Bagaços humanos
Que mundo louco de expiação
Gente “gentalia” “infernália”
Crescem bebês deformados
Genitália engravidada de pó sulfuroso
Tubérculos desalmados
Terreno lodoso
Condenados sem direito
Tralhas inumanas
Apóstolos do inferno
E o encapuzado colecionando almas insanas
Pro seu deus de rabo chifre
E enxofre de pedras caiadas
Tá cansado diz o ditado popular
Tá entregue então o diabo que te carregue
E assim a banda toca tocando Reggae sem parar...