DELÍRIOS
"Delusão lírica"
(16-09-10)
"Delusão lírica"
(16-09-10)
Se o tempo voltasse, diria que ele mesmo, o passado, é feito de incertezas. Obscuridades que teimamos ofuscar em nossos cotidianos. Diria que me coração é portador de várias seitas, sectarismos, distinções... Alojador de escadarias sublimes, catedrais voluptuosas pintadas de rubro, como as faces das glórias que ali brotaram.
Ah, que majestoso seria se o olhar da república fosse de encontro aos sedentos empirismos sucessórios que conclamam o retorno de Cristo... Se as veias saltitantes do povo não convergissem ao mesmo ideal, não contemplasse o mesmo ouro. Como seria faceiro ou o é, trilhar as dunas no calor sazonal do inverno nos mares do sul, procurando a brisa orvalhada da noite tão tênue, o tilintar da vida marinha que ecoa e o nascer do astro que não tarda, como firme propósito de um único dia...
O que seria da vida sem esperança de amar, sem um sorriso em resposta? Se mesmo que ao longe o sofrimento contrastante nos braços de Deus fossem menos ardentes, perdidos, infames. São momentos, delírios da prosa e do verso, que nos conduzem a materialização de um sonho real. Todavia, nem todos são assim, A erva campeira é consolo de grandes e pequenos, do ódio e da verdade, do álcool e da água cristalina.
Minhas vestes são alvas porque o sisudo da vida me basta a despertar. Meus calçados são negros, pois o contraste me agrada e complementa, só que deles não preciso ao seio da grama molhada das orvalhadas da noite que me põem a chorar...
São marcas desse ideal tristonho, que vê beleza no anacronismo e no pó, que vê ternura na mãe servil e cortesã, que vê flores no martírio de incongruências, que mira mérito no estático féretro. Somos detentores do tesouro do amanhã e nele regarei as lágrimas da plebe e o coração só assim despertará... Direi então que meu coração é de sangue, tão somente dele, e que nada mais me resta, tampouco delirar...
Ah, que majestoso seria se o olhar da república fosse de encontro aos sedentos empirismos sucessórios que conclamam o retorno de Cristo... Se as veias saltitantes do povo não convergissem ao mesmo ideal, não contemplasse o mesmo ouro. Como seria faceiro ou o é, trilhar as dunas no calor sazonal do inverno nos mares do sul, procurando a brisa orvalhada da noite tão tênue, o tilintar da vida marinha que ecoa e o nascer do astro que não tarda, como firme propósito de um único dia...
O que seria da vida sem esperança de amar, sem um sorriso em resposta? Se mesmo que ao longe o sofrimento contrastante nos braços de Deus fossem menos ardentes, perdidos, infames. São momentos, delírios da prosa e do verso, que nos conduzem a materialização de um sonho real. Todavia, nem todos são assim, A erva campeira é consolo de grandes e pequenos, do ódio e da verdade, do álcool e da água cristalina.
Minhas vestes são alvas porque o sisudo da vida me basta a despertar. Meus calçados são negros, pois o contraste me agrada e complementa, só que deles não preciso ao seio da grama molhada das orvalhadas da noite que me põem a chorar...
São marcas desse ideal tristonho, que vê beleza no anacronismo e no pó, que vê ternura na mãe servil e cortesã, que vê flores no martírio de incongruências, que mira mérito no estático féretro. Somos detentores do tesouro do amanhã e nele regarei as lágrimas da plebe e o coração só assim despertará... Direi então que meu coração é de sangue, tão somente dele, e que nada mais me resta, tampouco delirar...
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imagem: nilsonpedro.wordpress.com
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