Volte Pianista...
Doce canção de inverno,
que é entoada de seu piano,
envolvente sonata alegre que me envolve e aquece como cobertor, notinhas felpudas....
Repentinamente as notas mudam, e da doce canção alegre e quentinha, soa notas fortes e vorazes, que trazem consigo um ar de agressividade, e arqueando sua bandeira e espada, aventureira relatando sua rebeldia e revolta com algo que não sei decifrar...Parece existir uma batalha no ar entre as notas...
A canção muda novamente, porém agora passa sofreguidão e grande desespero,
como se estivesse a caça da paz que perdera a muito tempo.
Abruptamente as notas se transformam, deixando seu ar desesperado, para algo recatado e de certa forma enigmático, não se sabe ao certo se quer dizer algo ou escondê-lo, se quer gritar ou falar aos sussurros.
Abandonando esta forma a canção muda para algo sereno e meigo, com ar de mocidade, de pureza, inocência romântica, com doce aroma e sabor, as notas parecem morangos com chocolate... vontade de saboreá-las...
Em um rompante a música para.
Mais nada.
Nem um som!
Nenhuma nota!
Nenhuma canção suave ou exasperada, nem melancólica nem aventureira, apenas silêncio...
Um vago e longo silêncio...
Volte pianista...
Este silêncio é perturbador...
Quero me deleitar das notas e das canções enigmáticas.
Posicione seus dedos nas teclas e não os tire...
A vida tem doce sabor com sua trilha sonora...
Volte pianista....
Autora: Sabrina Maris (24/07/2011)