Volte Pianista...

Doce canção de inverno,

que é entoada de seu piano,

envolvente sonata alegre que me envolve e aquece como cobertor, notinhas felpudas....

Repentinamente as notas mudam, e da doce canção alegre e quentinha, soa notas fortes e vorazes, que trazem consigo um ar de agressividade, e arqueando sua bandeira e espada, aventureira relatando sua rebeldia e revolta com algo que não sei decifrar...Parece existir uma batalha no ar entre as notas...

A canção muda novamente, porém agora passa sofreguidão e grande desespero,

como se estivesse a caça da paz que perdera a muito tempo.

Abruptamente as notas se transformam, deixando seu ar desesperado, para algo recatado e de certa forma enigmático, não se sabe ao certo se quer dizer algo ou escondê-lo, se quer gritar ou falar aos sussurros.

Abandonando esta forma a canção muda para algo sereno e meigo, com ar de mocidade, de pureza, inocência romântica, com doce aroma e sabor, as notas parecem morangos com chocolate... vontade de saboreá-las...

Em um rompante a música para.

Mais nada.

Nem um som!

Nenhuma nota!

Nenhuma canção suave ou exasperada, nem melancólica nem aventureira, apenas silêncio...

Um vago e longo silêncio...

Volte pianista...

Este silêncio é perturbador...

Quero me deleitar das notas e das canções enigmáticas.

Posicione seus dedos nas teclas e não os tire...

A vida tem doce sabor com sua trilha sonora...

Volte pianista....

Autora: Sabrina Maris (24/07/2011)

Sabrina Maris
Enviado por Sabrina Maris em 13/04/2012
Reeditado em 29/07/2012
Código do texto: T3610451
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