A MORTE DO AMOR.

POR CARLOS SENA

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Morre o amor quando morre o sonho. Mas que sonhos se instalam em nossas vidas para que possamos considera-los do amor?
Morre o amor quando acaba o respeito. Mas que respeito pode ser ultrajado ao ponto de acabar com o amor se havendo amor ele é paciente e corajoso?
Morre o amor quando a rotina toma canta do casal. Mas que rotina quando quebrada não vira rotina outra vez?
Morre o amor quando os filhos roubam o tempo e a intimidade. Mas que tempo será superior ao amor? Que intimidade foi roubada ao ponto de mata-lo?
Morre o amor quando uma relação paralela se estabelece. Mas que relação paralela é capaz de matar um amor que nunca foi relativo?
Morre o amor, efetivamente, quando ele nunca nasceu.
Morre o amor, efetivamente, quando sempre se pautou pela relatividade.
Morre o amor, efetivamente, quando se relativizou em detrimento do absoluto.
Morre o amor, efetivamente, quando não nasceu. Mas o amor para ser verdadeiro dispensa ter nascido. O amor acontece e fim, desde que seja real. A realidade da vida de cada ser se estabelece no desejo de ser feliz. Ser feliz para os humanos perpassa pelo grande encontro das pessoas, primeiro consigo mesmas. Depois com as outras pessoas que estabelecerão convívios das mais diversas naturezas. Sendo o homem um ser que nasceu para vida gregária, jamais dispensará um amor, um crença, um Deus. Essa tríade é quem consubstancia o sentimento que a gente, acertadamente ou não, chama de amor... Por isto o amor, em sendo amor, não morre, faz pausa técnica para descanso. Quando seus locatários não lhe sabem reconhecer o valor, então ele, o amor, escorre pelos dedos num aceno de adeus compartilhado com a solidão.
 

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