ATRAVESSANDO O DESERTO...
Um homem que se julgava muito forte e corajoso, um dia resolveu atravessar sozinho um deserto. Seus primeiros dias de viagem foram muito tranqüilos e ele conseguiu andar uma boa distância. Chegou a pensar que seria muito mais fácil do que havia imaginado. Orientava-se pelas dunas de areia: a cada dia que via nascer, julgava estarem mais próximas e, portanto, mais próximo o final da travessia.
Mas, um dia, houve uma terrível tempestade de areia. Ele fechou os olhos, pediu forças a Deus e se protegeu como pôde até que a tempestade cessasse.
Quando tudo se acalmou ele abriu os olhos. E percebeu que com a força dos ventos, as dunas haviam mudado de lugar! E aí ele se viu perdido naquele imenso deserto. O que antes lhe parecera fácil, agora se tornava totalmente impossível!
Caminhou dias e dias andando em círculos, sem conseguir avançar um quilômetro sequer. Ficou sem água e sem comida, enfrentando um sol de quarenta graus durante o dia e um frio cortante à noite; e sozinho, naquela imensidão de areia.
E foi aí que o homem começou a sentir o peso da solidão. Suas únicas companhias eram o sol, o imenso céu azul, a lua, as estrelas e o vento que assobiava sem parar. Ali não havia ninguém a quem pudesse pedir ajuda – ou compartilhar com ele aquela angustiante situação!
Ao terceiro dia após a tempestade, já não conseguia mais andar. A sede era horrível; sentia que a qualquer momento iria desmaiar e morrer ali sozinho. Pedia a Deus a todo instante que lhe desse forças, que acontecesse algum milagre. Era um homem de muita fé. Mesmo ali, naquela situação desesperadora – em que viu toda a sua vida desenrolar-se diante dele como a reprise de um filme – não perdeu a esperança. Teve a certeza de que alguma coisa boa aconteceria!
Respirou fundo, reunindo as poucas forças que ainda lhe restavam, e conseguiu pôr-se de pé.
Caminhou ao acaso, cambaleante. Mas, depois de mais alguns passos, eis que surge diante dele um pequeno riacho, um fio de água fresca e cristalina, onde pôde matar sua sede, refrescar seu corpo e criar coragem para seguir!
Descansou algumas horas às margens do riacho e depois recomeçou sua caminhada.
Depois de mais de três horas de viagem ele chegou, com grande alegria, a um lindo oásis onde uma enorme caravana descansava. Havia muitos homens, mulheres, crianças, e também muitos camelos e cavalos. As crianças brincavam alegremente dentro dos vários riachos, com água até a cintura.
Olhou à sua volta: havia uma quantidade enorme de árvores, muitas delas frutíferas, que davam abundante sombra e matavam a fome com seus saborosos frutos.
O homem sentiu-se a mais feliz das criaturas. Conversou com as pessoas, tomou banho, deram-lhe de comer, fez amizades, descansou, provou as frutas, brincou com as crianças. Todos que faziam parte da caravana gostaram muito dele.
Foi convidado a passar a noite ali com eles. Aceitou.
Mas no dia seguinte a caravana precisava partir. E o homem tomou uma decisão: não queria mais viajar sozinho. Seguiu junto com as pessoas que acabara de conhecer e que o haviam recebido tão bem. E descobriu que assim a viagem se tornava menos fatigante. Porque tinha alguém para conversar, para compartilhar com ele de cada novo dia que nascia e para dividir com ele a esperança de chegar são e salvo ao seu destino.
Ao terminar a travessia aquele homem sentiu que já não era mais a mesma pessoa: havia aprendido muito naquela viagem...
***
Um homem que se julgava muito forte e corajoso, um dia resolveu atravessar sozinho um deserto. Seus primeiros dias de viagem foram muito tranqüilos e ele conseguiu andar uma boa distância. Chegou a pensar que seria muito mais fácil do que havia imaginado. Orientava-se pelas dunas de areia: a cada dia que via nascer, julgava estarem mais próximas e, portanto, mais próximo o final da travessia.
Mas, um dia, houve uma terrível tempestade de areia. Ele fechou os olhos, pediu forças a Deus e se protegeu como pôde até que a tempestade cessasse.
Quando tudo se acalmou ele abriu os olhos. E percebeu que com a força dos ventos, as dunas haviam mudado de lugar! E aí ele se viu perdido naquele imenso deserto. O que antes lhe parecera fácil, agora se tornava totalmente impossível!
Caminhou dias e dias andando em círculos, sem conseguir avançar um quilômetro sequer. Ficou sem água e sem comida, enfrentando um sol de quarenta graus durante o dia e um frio cortante à noite; e sozinho, naquela imensidão de areia.
E foi aí que o homem começou a sentir o peso da solidão. Suas únicas companhias eram o sol, o imenso céu azul, a lua, as estrelas e o vento que assobiava sem parar. Ali não havia ninguém a quem pudesse pedir ajuda – ou compartilhar com ele aquela angustiante situação!
Ao terceiro dia após a tempestade, já não conseguia mais andar. A sede era horrível; sentia que a qualquer momento iria desmaiar e morrer ali sozinho. Pedia a Deus a todo instante que lhe desse forças, que acontecesse algum milagre. Era um homem de muita fé. Mesmo ali, naquela situação desesperadora – em que viu toda a sua vida desenrolar-se diante dele como a reprise de um filme – não perdeu a esperança. Teve a certeza de que alguma coisa boa aconteceria!
Respirou fundo, reunindo as poucas forças que ainda lhe restavam, e conseguiu pôr-se de pé.
Caminhou ao acaso, cambaleante. Mas, depois de mais alguns passos, eis que surge diante dele um pequeno riacho, um fio de água fresca e cristalina, onde pôde matar sua sede, refrescar seu corpo e criar coragem para seguir!
Descansou algumas horas às margens do riacho e depois recomeçou sua caminhada.
Depois de mais de três horas de viagem ele chegou, com grande alegria, a um lindo oásis onde uma enorme caravana descansava. Havia muitos homens, mulheres, crianças, e também muitos camelos e cavalos. As crianças brincavam alegremente dentro dos vários riachos, com água até a cintura.
Olhou à sua volta: havia uma quantidade enorme de árvores, muitas delas frutíferas, que davam abundante sombra e matavam a fome com seus saborosos frutos.
O homem sentiu-se a mais feliz das criaturas. Conversou com as pessoas, tomou banho, deram-lhe de comer, fez amizades, descansou, provou as frutas, brincou com as crianças. Todos que faziam parte da caravana gostaram muito dele.
Foi convidado a passar a noite ali com eles. Aceitou.
Mas no dia seguinte a caravana precisava partir. E o homem tomou uma decisão: não queria mais viajar sozinho. Seguiu junto com as pessoas que acabara de conhecer e que o haviam recebido tão bem. E descobriu que assim a viagem se tornava menos fatigante. Porque tinha alguém para conversar, para compartilhar com ele de cada novo dia que nascia e para dividir com ele a esperança de chegar são e salvo ao seu destino.
Ao terminar a travessia aquele homem sentiu que já não era mais a mesma pessoa: havia aprendido muito naquela viagem...
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