Os olhos de Pseudônima

Não são verdes, nem azuis.

Talvez sejam negros...

Se não o forem, certamente serão castanhos.

Para mim não importa.

Mesmo que eu não fosse daltônico, não me importaria.

Afinal, a cor dos olhos é apenas herança genética.

O azul não reflete qualquer sentimento real; o verde não garante sequer esperança - QUE O DIGA CAMÕES.

Ignoro e faço pouco da cor de seus olhos...

O que me interessa e perturba, até, são as variáveis de suas expressões; são as ofertas extremamente opostas, severidade e mansidão;tristeza doída e alegria eterna...

Os olhos de Pseudônima são redondos e límpidos, arrojados e serenos...

São tão simétricos e paralelos que nem mesmo no infinito hão de se encontrar...

Mas, aqui, como espectador privilegiado, os encontro e admiro.

São da minha cor predileta, seja ela qual for; são animadores e asfixiantes; me tiram o sono...

Os olhos de Pseudônima são lindos de viver!

Chico Rosa
Enviado por Chico Rosa em 26/01/2007
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