Prosa de esquina

Nossas mãos se desencontram

bem próximo àquele encontro das

esquinas que nos separam

todas as noites.

E repetimos os senões,

e reitera-se a condição do não poder,

do se esconder,

da movimentação besta

que atrapalha um amorzinho tão besta.

Minha querida, que antes era amor... façamos as despedidas

de uma forma mais quente,

pois esse frio está nos deixando

à margem de qualquer calor humano,

à margem mesmo, até das simpatias

de banquinho de praça...

E quem sabe,

numa outra hora, que não ¨tão nossa¨,

possamos recomeçar o que nem realizamos.

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 06/04/2012
Código do texto: T3597610
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