Prosa de esquina
Nossas mãos se desencontram
bem próximo àquele encontro das
esquinas que nos separam
todas as noites.
E repetimos os senões,
e reitera-se a condição do não poder,
do se esconder,
da movimentação besta
que atrapalha um amorzinho tão besta.
Minha querida, que antes era amor... façamos as despedidas
de uma forma mais quente,
pois esse frio está nos deixando
à margem de qualquer calor humano,
à margem mesmo, até das simpatias
de banquinho de praça...
E quem sabe,
numa outra hora, que não ¨tão nossa¨,
possamos recomeçar o que nem realizamos.