Desencanto

Desencanto

Insípida paixão alimentei;

Nos meus arroubos poéticos vaguei

por mares distantes da realidade,

Comum aos homens sóbrios,

Aos seres vivos de pés no chão...

Perdi-me em becos tristes sem ar,

Sem vida, dormi ao relento

sobre chuva e vento de desilusão...

Não alcancei o âmago dos versos livres

De sombras de alienação...

Sonhei que fosse maior que o sonho de ser livre,

Que enfim chegaria no topo da vaidade satisfeita,

Afeita a ser grande, como grande é a vontade de ser poeta...

Evan do Carmo

Evan do Carmo
Enviado por Evan do Carmo em 26/01/2007
Reeditado em 29/11/2008
Código do texto: T359722