PENAS

PENAS

No alto da montanha a falésia me atrai,

De lá olho o mar revolto e num segundo depois

Penso nas aves que planam e voam aqui,

Carregam alimentos e o calor das penas

Para seus pequeninos indefesos famintos.

Já eu, carrego as minhas penas pra refletir,

Balançar minha consciência e me colocar no chão,

Daí sim olhar o paredão imponente cheio

De vertentes de beleza e compaixão.

O tufão ajuda a me acordar e secar

a umidade dos olhos, teimosos e ainda

mimosos a se controlarem, quem sabe

rezar mais uma vez, clamando a Deus.

Uma coroa de flores navega,

quem a colocou no mar?

Outros também rezam!

Tropeço nas ossadas marinhas e

Nas minhas divagações,

Ao longe vejo as portas ogivas

Do que restou do passado e desenterro

Ainda mais lembranças, mais penas...

Zastra
Enviado por Zastra em 05/04/2012
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