Aos 38 anos, um pouco que diz muito...
 Águida Hettwer
 
 
Proponho nestes riscos e rabiscos poéticos fazer uma reflexiva exaltação à vida. Tendo como foco principal, a poesia como um  rito de passagem.
 
Das tantas que vive em mim, vê o mundo com variáveis perspectivas, ora com palavras animadoras, ás vezes sedutora, mas nos desdobramentos, adepta ao silêncio e nesta ambigüidade não há limite para o diálogo.
 
Apoiada na aurora da liberdade de pensar sou pássaro construindo ninho no alto de uma montanha, onde vejo as maravilhas do mundo e a nobreza da existência.
 
Se andar só, é por que quero estar, ás vezes necessito trocar idéia com minha companhia.
 
A minha oração, não é apenas um passo de fé, é uma relação amigável entre eu e Deus, a Ele pertence todas as coisas, a mim um gesto de humildade.
 
Sou tão pequena diante do mundo, entretanto, me agiganto através dos sonhos.
 
Há certas coisas que não se explicam com um mais um, igual a dois, por que seria reduzir a uma solução simplista, sou  um arcabouço de complexidade.
 
O que mais admiro fisicamente num homem é a maneira de como ele ri. O riso revê-la muito além de uma postura.
 
Recuso-me a abandonar uma tarefa pela metade, a minha outra metade não descansa...
 
Em mim há tantos remendos, fui costurando, transpassando tiras de emoções em uma bela colcha colorida de retalhos.
 
Aprendi que a vida que me foi dada de presente, só a mim pertence. E sou responsável por ela. Sou a protagonista da minha história, e neste contexto de existência, faço jus ao lúdico, ao simples, ao silêncio, aos sonhos que não se esgotam, o esforço não esmorece, o pensamento permite-me dar asas à imaginação, o riso que produz intimidade, e a fé que é o alicerce de tudo.
 
 
                                                                    31/03/2012