O LÁPIS
Não sei se foi a maior invenção do homem,
Mas foi a minha melhor descoberta...
Apontando lápis
com estilete,
(pois quem inventou o apontador
não falou antes comigo)
Enquanto escrevo eu converso
E é com você, venha ver
Enquanto assobio, chupo cana
Enquanto vivo eu me divirto
Ainda sobra um tempo e descanso
Pego o bonde andando
E me sento na janela...
Ah! O lápis.
Sem ponta...
Apontando o lápis
Afia
Amola
Aponta
E a ponta aponta
Afiada
Amolada
Apontada
Aponta a ponta
Para fora...
Para lamber o papel
Sangrar o branco
Quebrar o silêncio
Descrito e escrito
Cuspido de vez
Desentranhado
Outra vez
Amola
A ponta
Afia
Afiada
Aponta a ponta
Para dentro
E arranca
A palavra calada
O silêncio branco
A vontade entranhada
Não sei se foi a maior invenção do homem,
Mas foi a minha melhor descoberta...
Apontando lápis
com estilete,
(pois quem inventou o apontador
não falou antes comigo)
Enquanto escrevo eu converso
E é com você, venha ver
Enquanto assobio, chupo cana
Enquanto vivo eu me divirto
Ainda sobra um tempo e descanso
Pego o bonde andando
E me sento na janela...
Ah! O lápis.
Sem ponta...
Apontando o lápis
Afia
Amola
Aponta
E a ponta aponta
Afiada
Amolada
Apontada
Aponta a ponta
Para fora...
Para lamber o papel
Sangrar o branco
Quebrar o silêncio
Descrito e escrito
Cuspido de vez
Desentranhado
Outra vez
Amola
A ponta
Afia
Afiada
Aponta a ponta
Para dentro
E arranca
A palavra calada
O silêncio branco
A vontade entranhada