Às vezes, muitas vezes...
A vida dói e eu sinto,
Por sentir, e doer, eu grito,
Estremeço, aflito, e pressinto
A vida perder-se no infinito.
Mais do que viver eu minto
Daqui, de onde estou, nada é bonito.
Tudo que me dói é porque consinto
A vida perder-se no infinito.
Daqui, de onde olho, nada é tão bonito,
Porque não vejo: eu grito e minto...

A vida doer eu consinto,
Por viver às vezes, muitas vezes,
E muitas vezes por viver, às vezes.
Só que eu nunca minto...
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 29/03/2012
Reeditado em 11/05/2021
Código do texto: T3583140
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