Mulata Alzira...
Caminho uma trilha, de relvas orvalhadas.
O vento úmido congela minha face.
Por uma vereda busco a choupana escondida.
Entre árvores brumadas.
O sorriso largo e bondoso de Alzira é de uma deusa.
Nossas mãos se entrelaçam...
Humildemente recebe os presentes,
Agradecida e cansada.
A mulher divina, mãe e avó,
Veste vestido de chita e crianças brincam ao seu redor.
Olhar ensimesmado vagueia pelo infinito.
Alma sensitiva desvenda meu destino!
Já pressentindo a última despedida aqui na Terra.
Despeço-me e juro voltar, mas a sorte me leva para outro lugar...
Ah! Minha amiga mulata, coração meigo e cardiopata.
É chegada a hora, Alzira parte.
Hoje contemplo sua morada no meio da mata.
Encanto-me com a magia do lugar.
Quiçá... A mulata Alzira ali está!
A mulata Alzira foi um exemplo de humildade...