Mulata Alzira...

Caminho uma trilha, de relvas orvalhadas.

O vento úmido congela minha face.

Por uma vereda busco a choupana escondida.

Entre árvores brumadas.

O sorriso largo e bondoso de Alzira é de uma deusa.

Nossas mãos se entrelaçam...

Humildemente recebe os presentes,

Agradecida e cansada.

A mulher divina, mãe e avó,

Veste vestido de chita e crianças brincam ao seu redor.

Olhar ensimesmado vagueia pelo infinito.

Alma sensitiva desvenda meu destino!

Já pressentindo a última despedida aqui na Terra.

Despeço-me e juro voltar, mas a sorte me leva para outro lugar...

Ah! Minha amiga mulata, coração meigo e cardiopata.

É chegada a hora, Alzira parte.

Hoje contemplo sua morada no meio da mata.

Encanto-me com a magia do lugar.

Quiçá... A mulata Alzira ali está!

A mulata Alzira foi um exemplo de humildade...

magda crovador
Enviado por magda crovador em 28/03/2012
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