A volta a morada
Corri no chão duro, terra seca!
Ah, que falta a água me faz!
Andei por campos de flores!
Mas o perfume não se fazia sentir!
Percorri caminhos de terra!
Mas nos pés não havia a comunhão com o coração!
Penetrava na doce noite e a lua vinha brindar-me desesperada, tentando brilhar e refletir em meus olhos o brilho, que neles já não fazia mais morada!
Cheguei exausto, sem sonhos, sem voz e sem jeito minha Ìyá Ìyá.
Rastejei e diante de ti me coloquei.
Depositei o último suspiro e fitei o teu reino.
Faltam-me palavras e o impulso.
Meu corpo cansado se coloca estendido na praia.
E o esforço marca a areia com minhas mãos a rastejar para casa.
Ah peito meu que lhe ama e segue minha Mãe!
Faltam-me palavras. Apenas meu coração pode falar contigo.
Pois não conseguiria encontrar palavras a medir o que sinto por ti.
O perfume de tuas águas me toca.
O Brilho de tua coroa faz meus olhos marejarem e brilharem.
E eu peço a ti que me estendas teus braços doces e colha este teu filho que correste em terra seca.
Mas chegaste em casa.
O Perfume de teu reino tocou-me e eu sorri.
E como último movimento estendi as mãos em vossa direção.
E senti o toque.
E uma estrela brilhou e ficaste a visão refletida em meu olhar.
Um último olhar.
À volta a minha morada.
A vida encontrada.
O Mar e sua Rainha.
Minha Mãe!