O REI TUDO PODE


Levanto e lá está ele. Imponente, cheio de si, esparge seu brilho. É bem cedo ainda.
Feliz faço minha caminhada diária, aproveito para me embebedar com a beleza das paineiras, que projetam buquês em tons rosado ao firmamento.
Paro para colher uma goiaba madura. São tantas, o pé está pendente, de tantos frutos. Venço a indecisão e me farto, com o doce da fruta de poupa vermelha.

Sigo viagem, por trilhas lindas e bem cuidadas pela natureza. As bananeiras que ladeiam parte do caminho, me fazem companhia.
Em dado momento parece que uma me pergunta, pelas suas irmãs que foram morar lá em casa. Pelo sim, pelo não, respondo, que elas estão ótimas, e duas já tem cachos se formando.

Bem te vi, faz questão de se exibir, pousado em um abacateiro, canta alto, anunciando que me viu.
Em um banco fincado em meio ao gramado macio, me sento, e interrompo os exercícios. Por ele vale a pena. Como retribuição, ele beija meu rosto mornamente.
Penso, como pode ser, que você, esteja aqui, a me acariciar a pele e, também esteja em um continente tão distante, a aquecer a semana de férias de um ente tão amado pelo meu coração.
Em seguida, me lembro que ele é o astro rei.
E um rei tudo pode. 
Nada mais questiono, e num Louvor nascido de dentro da alma, me deixo ficar ali, e desfruto da manhã fresca e bela, em meio a uma natureza esplêndida.




(Foto da Autora)



Lenapena
Enviado por Lenapena em 26/03/2012
Reeditado em 26/03/2012
Código do texto: T3576430