Ou tô no...
Desprendendo-se do galho, uma folha da árvore cai bem devagar.
Vai com o vento, que graciosamente a leva para passear.
Estamos no esplendoroso tempo que as folhas
vão caindo, e de roupa a natureza começa a trocar.
Cheias de encantos, seguem desfilando mesmo sem par.
Se deitando às calçadas vão formando um imenso
tapete amarelo para o outono recepcionar.
As folhas secas começam me encharcar.
De idéias, de poesias, de cores...
...Em contrastes no ar.
Encontrastes no ar a poesia? Nas folhas?
Ou nas minhas palavras fostes encontrar?
Sento-me na calçada, e por um breve
instante vivencio dessa insigne emoção.
Escuto os pássaros cantarolar uma canção,
enquanto as folhas bailam sem parar,
nesse círculo sábio da perfeição...
Esta grandiosidade que DEUS escreve por linhas tortas,
vem mostrar-nos além da beleza dessa doce estação,
que até mesmo a brisa leve não sopra em vão.
Vem novamente dar-nos uma fantástica lição!
Que sempre é tempo de recomeçar,
ou então calmamente esperar pela
'nossa melhor estação'.
Com a alegria bem acomodada no fundo d'alma, somos
sabedores de que podemos reverter qualquer situação.
Ainda que pareçamos estar caídos ao chão...
(como folhas secas, sem colorido ou expressão)
Estamos sempre em um processo de contensão.
Pego da folha caída, sua ingênua insinuação,
transformando-a agora na minha lacônica inspiração.
E em forma de poesia, passei por aqui com
enorme prazer e satisfação, esperando levar
à todos um pouco de alegria e muita diversão,
deixando para trás mais um verão, recebendo
de braços abertos a chegada da nova estação.
Nesse momento, nem sei qual a melhor definição.
Se estou apenas entrando no outono.
...OU TÔ NO melhor da minha estação, alegremente
debulhando em versos agora, o que grita meu coração.