POR ONDE VOU...

Somos versos invertidos, como palavras cruzadas interrompidas, grito oco, sem eco
Meu caminhar por labirintos, onde restam espinhos de roseiral sem vida.
Caminho na contramão! 

As catatumbas frias, com seus lamentos, são o portal do inferno, que ampliam gemidos estranhos, levados pelo vento. 
Crava o cravo nos pés e a clava no dorso.
O gemido sentido, a
lágrima não lava...E a  mi'alma, impregnada pela tua falta de amor, ao me leva. 
E contamino a terra! 

Sou erva daninha que se aninha, nos braços da solidão. E me calo na calada da noite, daquilo que fui, antes do começo.
Antes do teu avesso!

Sou caminho de mão única. Por onde vou, não te encontro...
Nana Okida
Enviado por Nana Okida em 23/03/2012
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