A FELINA INOFENSIVA
Por aqui um dia de sol de trinta graus, nenhum vento e o coração solto no azul de um céu de brigadeiro. Chegas numa boa hora, talvez para espiritualizar o ânimo ao pintares a boca com o batom do desejo. Nem os óculos de sombra disfarçam a felina que parece inofensiva à beira-mar. Que venham as garras desejosas sobre os lençóis... A nudez da palavra compõe as entrelinhas da saudade, recompondo a silhueta viva.
– Do livro O AMAR É FÓSFORO, 2012.
http://www.recantodasletras.com.br/prosapoetica/3568370