Lembranças, alimento da alma
Quando a dor aperta me alimento de lembranças, essas que me mantém aqui, vindas do interior da minha alma a que junto a sua se torna magistral.
Tentar renascer não é simples, não é a toa que ainda me sinto preso sobre as cordas imaginárias das novas emoções, talvez por não tiver sua proteção, pois agora não sei proteger-me.
Mas não me sinto frágil, pois seria pouco pra quem se quebra com tanta facilidade, seria minúsculo para aquele que chora sem lágrimas, que rega o peito com o sangue ardil e tece à alma sem a mestria da sua pele.
Seria injusto fazer-me pouco, achar-me menor, quando o amor que eu tinha era o maior.
Mas acho-me agora por não ter sua presença, sinto-me uma andorinha perdida em um mundo de corvos famintos, sinto-me faminto como um corvo, porém me restam lembranças para manter-me em voo.
Sei que sou amante do seu ser; Sei que és amante do meu amor..
Ele irá sobreviver, pois se há motivos pra isso: Ter uma verdade maior, a paz que não há na terra, a terra que não há no peito, o sangue corrente em versos, o cheiro do inevitável, o desejo e o pairar nas luzes da emoção, cujo preceito é emanar o melhor de mim, você.