O decifrador de sonhos
Sou o homem, navegante sem bússola
O ocaso, às vezes me instiga a acreditar
Que existe um túnel entre a esperança e o infinito.
Meu túnel, abre e fecha as portas, e de súbito
Estou sempre no mesmo lugar
O hoje é o meu espetáculo!
Atores estão ansiosos no palco, como se o teatro fosse incendiar
Gritos histéricos, bocas abertas, caras descobertas de afetos
Olhares cumulados, na esperança do aplauso
A chama que me habita é débil
E naufraga frente à furia da matéria
Até onde levaremos o duelo, não consigo imaginar
Mas sempre sobra alguma coisa que me possa iluminar
Ainda agora, tenho as mãos trêmulas, a cabeça baixa
O vazio me alcança
Não consigo assoviar aquela dança, que acerta meus passos
Sou uma pergunta aguardando uma resposta
Não aprendí ainda, a decifrar meus sonhos