POETA
POETA
Meus sonhos vivem acordados
Como eu
Insistindo em viver
Vestem fantasias,
cobrem-se de purpurinas
Vidas iluminam
Sonhos alheios fazem nascer
Não sou dona dos meus sonhos
Eles pertencem ao universo
Jogo eles em papel
Cubro de poesia
a frente e o verso
Empresto lágrimas a quem tem olhos secos
Faço cócegas em quem não sabe sorrir
Invado a alma dos solitários
E os instigo a despir.
Faço revoluções barulhentas no silêncio
Trago a tona sentimentos diversos
Revelo segredos escondidos
Encontro eco nos meus versos
As vezes a palavra entorta
e escrevo coisas tão banais
Rimas sem sentidos
provoco críticas
Capitais
As vezes no entanto,
acordo o amor que estava dormindo
Recebo belas homenagens
E poeta vou me sentindo...