POETA

POETA

Meus sonhos vivem acordados

Como eu

Insistindo em viver

Vestem fantasias,

cobrem-se de purpurinas

Vidas iluminam

Sonhos alheios fazem nascer

Não sou dona dos meus sonhos

Eles pertencem ao universo

Jogo eles em papel

Cubro de poesia

a frente e o verso

Empresto lágrimas a quem tem olhos secos

Faço cócegas em quem não sabe sorrir

Invado a alma dos solitários

E os instigo a despir.

Faço revoluções barulhentas no silêncio

Trago a tona sentimentos diversos

Revelo segredos escondidos

Encontro eco nos meus versos

As vezes a palavra entorta

e escrevo coisas tão banais

Rimas sem sentidos

provoco críticas

Capitais

As vezes no entanto,

acordo o amor que estava dormindo

Recebo belas homenagens

E poeta vou me sentindo...

Conceição Castro
Enviado por Conceição Castro em 15/03/2012
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