Quem vai ao encontro do Mar
Sentei-me ao luar em noite estrelada.
O Mar por intermédio da brisa trazia seu perfume.
Sentei-me sobre o rochedo em meio a devaneios.
Ao fundo saveiros e suas lanternas, dançando no horizonte.
As Ondas compondo canções!
Ondas fortes!
Ondas grandes!
O próprio abraço do mar misterioso.
Mar abraçando o povo praieiro!
Abraçando a todos que vem abraça-lo.
Ama-lo.
Admira-lo.
Depositar seus sonhos e suas lamúrias.
Neste momento o mar é companheiro, canta junto o lamento.
Chora!
E do seu choro na praia vem à espuma de um amor sofrido e cantado.
As ondas abraçam e dão guarida.
O mar conforta, sorri e de sua grandeza mostra o recomeço.
Neste momento o mar canta alegre, sorri e toca a saia branca da lua em suas águas.
Enamora!
Sonha!
E seu sonho faz nascer nas águas à calmaria dentro do turbilhão.
E o mar ama a lua.
Os amantes contagiam a todos com seu amor.
Embalam casais, se fundem.
O calor do amor se instala.
O mesmo calor dos cachimbos dos velhos lobos do mar, dos pescadores e marinheiros.
Que nas noites de lua, passeiam com suas mulheres de mãos dadas na areia.
A mesma areia que reflete o amor, do mar com a lua.
O mesmo amor que faz o mar chorar junto a um sonhador que com lamúrias senta-se junto a ele.
Solitário sem seu amor.
Semelhante ao Mar em uma noite escura sem lua.
Apenas a canção melancólica a vagar na névoa.
Ambos a cantar.
Ambos a lamentar.
Ambos a Amar...