Quem vai ao encontro do Mar

Sentei-me ao luar em noite estrelada.

O Mar por intermédio da brisa trazia seu perfume.

Sentei-me sobre o rochedo em meio a devaneios.

Ao fundo saveiros e suas lanternas, dançando no horizonte.

As Ondas compondo canções!

Ondas fortes!

Ondas grandes!

O próprio abraço do mar misterioso.

Mar abraçando o povo praieiro!

Abraçando a todos que vem abraça-lo.

Ama-lo.

Admira-lo.

Depositar seus sonhos e suas lamúrias.

Neste momento o mar é companheiro, canta junto o lamento.

Chora!

E do seu choro na praia vem à espuma de um amor sofrido e cantado.

As ondas abraçam e dão guarida.

O mar conforta, sorri e de sua grandeza mostra o recomeço.

Neste momento o mar canta alegre, sorri e toca a saia branca da lua em suas águas.

Enamora!

Sonha!

E seu sonho faz nascer nas águas à calmaria dentro do turbilhão.

E o mar ama a lua.

Os amantes contagiam a todos com seu amor.

Embalam casais, se fundem.

O calor do amor se instala.

O mesmo calor dos cachimbos dos velhos lobos do mar, dos pescadores e marinheiros.

Que nas noites de lua, passeiam com suas mulheres de mãos dadas na areia.

A mesma areia que reflete o amor, do mar com a lua.

O mesmo amor que faz o mar chorar junto a um sonhador que com lamúrias senta-se junto a ele.

Solitário sem seu amor.

Semelhante ao Mar em uma noite escura sem lua.

Apenas a canção melancólica a vagar na névoa.

Ambos a cantar.

Ambos a lamentar.

Ambos a Amar...

Baraygby
Enviado por Baraygby em 13/03/2012
Código do texto: T3551985
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