Jura, juras...
Espere!
Calma, não ei de indagar-te
Ainda que o silêncio me seja tortura
Não careço ainda de tuas juras,
Abraça-me, dá cá um beijo
Não assim! Quero lento, senti-la
De que me vale palavras soltas
Juras vencidas,
Prestações de amor não pagas
Quero-te em mim, desvanecida
Suada, ofegante, com olhar de gozo
Agrado! Teu libido...
Ora, deixe-os, os poemas tem lá sua dona
Mas caso a dona me seja infortúnio
De que valerá as palavras,
Falas, cartas, juras...
Há uma caixa em casa que não cessa
Mas amor, desejo, volúpia
Não há uma se quer, que me presta.
Vai-te então, -Safada!
Nada ei de fazer-te, estás quase nua
Não te esqueças da saia, esta mesma,
Mini, da vergonha.
Tua calcinha da verdade está torta
Deixa de fora a tua nádega
Ei! A sándalia, como tens pressa
Nem sei porque,
Sabes o que há de encontrar
Pois dizem que sempre enganas,
Ou apenas a mim está?
Agora deixe-as, sim as palavras
Aindas as quero, as juras.
Estas mesmo, que me enterras.
Quero acreditar em tua mentira
Essa mesma, que levas...