A natureza em festa!

Assisti se abrirem flores brancas, azuis, amarelas, vermelhas...

Assisti o milagre da criação e me emocionei com a generosidade

da natureza,

e quase num impulso, desejei compartilhar aquele momento

com quem amo, com quem admiro.

A alegria que me inundava devia ser dividida com todos

que me tocam o coração,

mas,

quando pensava assim, escuto uma voz interior que me diz:

o que te envolve e emociona,

não os envolve e emociona, já que não vêem com teus olhos,

nem têm tua alma e sensibilidade.

Não que não possuam alma, ou sensibilidade,

apenas não estão em sintonia com a tua alma,

com a tua sensibilidade.

Que pena, toda aquela beleza me deleitava,

meu sentimento era de embevecimento atrelado

a uma vivência comum,

não convivência,

mas êxtase compartilhado.

Como é maravilhoso ver que todas aquelas flores se abriam,

e nenhuma estava competindo com a outra em beleza,

em graça,

mas ao invés disso,

a impressão que dava era o da existência de um sincronismo,

sincronismo de umas com as outras,

com o sol,

com a brisa,

com o Criador!

A natureza não estava em festa,

a natureza era a festa!

Wanusa Pinto
Enviado por Wanusa Pinto em 12/03/2012
Reeditado em 13/03/2012
Código do texto: T3550745
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