Escravidão noturna


A noite jaz de palavras secas
nem mesmo se consegue vencer,
as boemias de suas pequenas letras
ilustra o termo líquido desse prazer.

Delírios que infestam a política
em raios ocultos assim me suscitam,
os nervos ordinários que se exalam
naquele poema que o domínio retrai.

Sempre que evito falar deste deserto
o temido conceito me ascende a crer,
que no momento que o mundo for liberto
serei apresentado a este temido lazer.

Escravidão noturna que me aflige
mesmo assim seus laços me corrigem,
dentre a hostilizada palavra concreta
ouve-se este secreto que assim me contesta.

Recuso-me a esquecer de que a vida se constrói
pelo seu próprio sentimento já ouvido,
nem mesmo este sucesso assim me corrói
dentre as serestas sabedorias desse sentimento.

jesse ribeiro felix
Enviado por jesse ribeiro felix em 12/03/2012
Código do texto: T3550312
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.