o Cinco (parte do meio)

[quebra-cabeça em peças de quebra cabeça]

(Parte sem quina. Parte do meio)

Havia um mundo que jazia num mundo que ninguém conhecia. Um mundo que se escondia, escondido level pique esconde no meio do emaranhado de pedaços de ostra que era minha vida.

Mas era um mundo bonito. A despeito do resto da vida, dessa vida que abrigava dentro de si escondido, hermeticamente fechado, algo maior que ela; era um mundo bonito. Talvez não tão bonito se você não estivesse, do seu jeito estou aqui de estar lá de estar em algum mundo, você floreava de lilás um mundo que já era bonito e bonito e bonito. E continuava tão tão bonito.

Então esbarrei contigo, naquele poema você me aparecia, à lápis, à máquina, caneta, tatuado, em minha folha minha pele minha alma e você ficava lá assim meio que me olhando daquele seu jeito de meio me olhar quando não me olha mas olha olhando diretamente olhando, mas não. Então, foi assim que te encontrei dentro do que eu guardara pra só mexer em ocasiões ocasionais de ocaso.

E acabei te vendo.

Ainda sei imitar aquele seu jeito de negar o óbvio, aquele sorriso estilo sei muito bem o que estou fazendo/estou completamente perdida de sorrir quando eu dizia que você só podia ser minha, pois eu te havia inventado. Você falava dizendo não e sorria dizendo sim. Era poético.

Era um poema.

Daí que de repente essas coisas de filme, você se desloca do texto, rimas mãos, estrofes pernas –poema corpo – respirando o ar que saía de minha boca que tocou tua boca de papel machê, que tocou minha vida e escorria areia escorria mar escorria a noite escorriam seus cabelos seu corpo seu cheiro marcante de papel grafite tinta de caneta.

Na areia do Mar.

Questionei pra quê, você diz pra ti.

Gustavo Alvaro
Enviado por Gustavo Alvaro em 12/03/2012
Código do texto: T3549251
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