ELEGIA E SAUDADE

Olho para o céu estrelado à buscar em que estrela tu vives agora e para a imensidão do firmamento sou transportado em pensamento, guiado pela luz que via em teus olhos.

Viagem estranha essa, que sei não me levará a ti, pois perdido entre trilhões de estrelas distantes sequer me adianta gritar teu nome na esperança que tu ouças.

Ao longe um cometa silencioso passa como se me indicando tua estrela, mas são tantas como diamantes que Deus houvesse espalhado na escuridão do céu só para me confundir, que aos poucos vai morrendo em mim a esperança de te encontrar.

Começo a entristecer e essa saudade tão viva me traz de novo a realidade, sim tu partistes para sempre e esperando que quando eu for também transportado em espírito para o universo, possa viver na mesma estrela onde tu vives agora, e tendo todos os astros como testemunha, possa sussurar ao teu ouvido, como tantas vezes fiz.

Eu te amo.

Rio, 27.04.2005