DECEPÇÃO
DECEPÇÃO
Enterrei minhas mãos na profundidade da areia quente
Até não mais vê-las
Esperei algo retirar
Rompi todas as barreiras
Passei por todas as pedras pontiagudas
Permiti o sangrar da mão
Deixei o sangue escorrer
E não o vi,
Não o quis ver...
Senti todas as dores do sangue,
E não o vi
E em mim não doeu!
Retirei as mãos resignadamente vazias
Cheias apenas de minúsculas partículas
De um esperar esfacelado...
De areia...