A arte desconcertante de ser mulher
Águida Hettwer
Não preciso ir longe para buscar inspiração, para falar de mulher. Deixamos na história da humanidade um legado primoroso, de lutas, opressões, cárceres, submissão e defesa de direitos. No entanto, quisera enaltecer, a mulher do quotidiano, aquela que trabalha parelho com o homem, oito horas e quarenta e cinco minutos e faz jornada extra em casa, sem remuneração. A mãe dedicada, que carrega em seu psiquismo simbiose, diálogo tônico e exerce a função materna, alimenta, higieniza, zela, e debruça um olhar atento e descobre o que aflige seu filho.
Sobre as mulheres que vivem no limiar da pobreza e da miséria, onde lhe falta de tudo um pouco, inclusive instrução, para sair desta triste situação é que pretendo falar. O alarido de um choro de um filho é a única canção que ela consegue embalar. Sem teto, vive aqui e acolá. De sobras alheias, ameniza a teia de fome que insiste a se formar.
É sobre as mulheres glamorosas de cabelos tingidos de prata, que quero conversar. A pele não tem mais o viço de outrora, um pouco acima do peso, oposto as regras sacramentadas das revistas de artistas. Ela é avó amorosa, é toda prosa em confraternizações com as amigas, ensina receita de bolo de fubá, faz curso de pintura, e descobriu na literatura a arte poética de se expressar. Na rede social tem muitos fãs e seguidores, e compreende claramente o sentido da vida, pois não perde tempo, com picuinhas e falsos pudores.
Não sou nada modesta em afirmar que a mulher carrega um potencial em sua genética, a arte desconcertante de encantar. Encanta, com um simples riso, do seio faz abrigo, do colo o significante de aconchegar.
08/03/2012.
Águida Hettwer
Não preciso ir longe para buscar inspiração, para falar de mulher. Deixamos na história da humanidade um legado primoroso, de lutas, opressões, cárceres, submissão e defesa de direitos. No entanto, quisera enaltecer, a mulher do quotidiano, aquela que trabalha parelho com o homem, oito horas e quarenta e cinco minutos e faz jornada extra em casa, sem remuneração. A mãe dedicada, que carrega em seu psiquismo simbiose, diálogo tônico e exerce a função materna, alimenta, higieniza, zela, e debruça um olhar atento e descobre o que aflige seu filho.
Sobre as mulheres que vivem no limiar da pobreza e da miséria, onde lhe falta de tudo um pouco, inclusive instrução, para sair desta triste situação é que pretendo falar. O alarido de um choro de um filho é a única canção que ela consegue embalar. Sem teto, vive aqui e acolá. De sobras alheias, ameniza a teia de fome que insiste a se formar.
É sobre as mulheres glamorosas de cabelos tingidos de prata, que quero conversar. A pele não tem mais o viço de outrora, um pouco acima do peso, oposto as regras sacramentadas das revistas de artistas. Ela é avó amorosa, é toda prosa em confraternizações com as amigas, ensina receita de bolo de fubá, faz curso de pintura, e descobriu na literatura a arte poética de se expressar. Na rede social tem muitos fãs e seguidores, e compreende claramente o sentido da vida, pois não perde tempo, com picuinhas e falsos pudores.
Não sou nada modesta em afirmar que a mulher carrega um potencial em sua genética, a arte desconcertante de encantar. Encanta, com um simples riso, do seio faz abrigo, do colo o significante de aconchegar.
08/03/2012.