Trem de Solidão
O relógio badalava as três.
Ela atenta ao ultimo vagão,
suspirou mais uma vez.
E eu a espera de atenção
fiz sentido de egoísta.
Ela devagar se moveu,
e me desproviu da vista.
O trem ja sua espera
comandava seu ultimo alarme.
Eu, como um bravo Romeu
espreitei o que iria dar-me.
Mas ofegante me disse não
e já pela distancia
foi ao centro da estação.
Mais uma vez mordeu o lábio,
e eu, que não fui tão sábio,
não percebi a negligência
ela entrou formosa no vagão,
duvidei de sua inocência
ela sorrindo estendeu a mão.
Mas a portaria já fechada
me ameaçava a solidão.