E quem dirá dirá
Há quartos enfeitados com sorrisos de alguém, com perfumes penetrantes aos sentidos.
Cidades firmes, lugares antigos. Quero subir nos telhados, ver um pássaro, saber seu destino, suas arvores, seus ninhos. Tocar nuvens, debruçar em lagos escorrendo nos braços do vento, me tornar parte de algo, de alguém, bater asas, visitar o passado.
E aqui tem caminhos, tem morro, tem pipoca e sorvete. Vamos pra lá? Vamos ganhar tempo perdendo a razão, sorrindo de borboletas vermelhas, amarelas, laranja, maça do seu rosto rosada, encolhida por um brilho refletido pelo seu olhar.
Posso ter segredos, para transforma-los em perolas, em lágrimas, mas cadê você pra me ajudar? Onde foi parar?
Preciso ter agora um papo sério com o destino, vamos pisar no freio, no devaneio distante, do nosso desconhecido clamando para se conhecerem.
Vamos pra lá, ou pra cá, tanto faz, vamos ser flor, bosque e dor, mas que seja juntos, que seja amor.