Amor traiçoeiro
Hoje estou triste. Uma nuvem de lágrimas banhou meu pensamento e trouxe de volta, um passado esquecido e que há muito vivia adormecido. Senti frio. Pressenti a solidão se aproximar, resisti até onde pude. Um filme relembrou prazeres e musas que ficaram para trás. O amor é assim, quando chega não avisa, se apossa nos torna reféns. Vejo-me prisioneiro de minhas memórias.
Minha alma entristecida lamenta e derrama seu pranto em silêncio para não acordar os Deuses, que podem se enfurecer e reagir sabe lá como. Por dentro, sofre um coração ferido, indefeso, inseguro, mas que ainda respira. Suas badaladas dá longevidade a minha vida. Bravo companheiro!
Amor que vem e vai como chuva de verão, muito além de rima de canção. Mãos ternas que aliviam minha dor e me consolam. Acaricia minha face que carente se mostra exposta, se entrega sem medir as conseqüências, depois sofre. Esse amor vou levar comigo, seja para onde eu for, não mais estarei sozinho.
A poesia encantou o amor que se deliciou na lama do sentimento que purificou a alma, como se fizesse um ritual de magia, mergulhando em desejos sentidos, obcecados e almejados. A poesia revive o sentimento mais cristalino, que antes estava sumindo pelos ralos de esgotos e se juntando a solidão que devora, sem piedade, todas as esperanças de quem sonhou toda uma vida.
Quando você da sinais de despedida, de que não valeu a pena a nossa experiência e que tudo que vivemos não passou de simples ilusão, a vida perde a graça, a beleza e todo romantismo. Os sonhos se tornam pesadelo, e o sorriso, se fecha como a flor que chora o orvalho que gelado, cai na madrugada, regando o solo que foi ressecado pelo gigante sol, incansável, ainda esfumaciante.
“Quando cheguei ao topo da montanha, senti que queria mais. Então arrisquei a ousadia de querer voar. Voando percebi que não tava feliz, e queria mais. Busquei as estrelas, e quando consegui toca-las, vi-me um idiota e queria mais. O céu foi o meu limite. Quando conquistei o céu, olhei para traz estava sozinho, sem paz, percebi o tamanho da minha ignorância. Todos havia me abandonado”.
A ganância superou a ousadia e o fim era questão de tempo. A moral da história: “Para ser feliz, não precisamos de muito, mas se contentar com o pouco que conquistamos e ainda, dividir com o próximo e nunca esquecer da sua origem”.
“A felicidade é um problema individual. Aqui, nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz". (Sigmund Freud)