Meu amor, meu bem.
“Não há você sem mim, eu não existo sem você”.
Tom Jobim/Vinícius de Moraes
A meiguice da minha amada é diferenciada, é uma mistura de rebeldia com doçura. Essa mescla a torna especial e imponente, tão quanto desejável. Minha amada é uma espécie de “a prometida”, nem tudo que sonhei, mas o muito que nem mereço tanto. O grande Pai foi gentil para comigo, me deu mais do que merecia e às vezes, eu não o compreendo.
Ó meu amor, seus olhos de jabuticaba, impenetrável brilho, gera força e calor que transforma minhas impurezas em algo reaproveitavél e cheio de vida, com gosto de aroma insinuante, que faz arrepiar a pele de quem não desiste da busca do amor que nasceu para reinar.
Minha deusa é como rainha, no trono recauchutado de veludo importado dos gregos ou dos indianos, divina, doce e meiga como a pluma que navega suavemente sobre o ar, sem direção, e nunca perde a majestade, pois sua origem é humilde e seu domínio é fascinante. Sua beleza está na simplicidade de irradiar energia que acalenta os mais sofridos corações de seus seguidores, indomáveis.
Quando espreguiça ao amanhecer, meu amor exibe um sorriso lindo e diz que me ama. Meu anjo “black” é assim, carente, alma transparente e ainda afirma que não sobrevive sem meus carinhos e beijinhos. Eu me sinto transbordar de tanto amor, flutuar na calmaria do momento, que é mágico.
Minha amada tem um sorriso envolvente, inocente, alucinante. É o resultado de um amor não compartilhado, mas que encontrou no abandono, o renascimento. Foi amparada, se refez e hoje conquistou seu espaço na sociedade. Ela tem um coração de estrelas, é durona, mas generosa. Faz-me rir, mesmo sem querer. É menina sapeca, rebelde, cheia de graça, e possui muita ternura em seu semblante.
Minha amada é determinada, voluntária da felicidade, repleta de vida, a ela eu devo a nova era da minha vida. O amor é mesmo surpreendente, nos faz refletir, sonhar e viver a realidade basta querer. Minha amada é luz que me conduz para onde não sei dizer, o que importa, é estar com ela.
“A felicidade é como gota de orvalho numa pétala de flor, brilha tranqüila, depois, de leve oscila, e cai como uma lágrima de amor”. (A Felicidade – Tom Jobim e Vinícius de Moraes).