QUANDO AS PALAVRAS SÃO ANJOS

Ai! Quisera eu que minhas palavras rompessem os estratos da realidade e se transformassem em um anjo. E esse anjo fosse até à porta do vosso coração e batesse, batesse...E descobrisse-a entreaberta. Então, angelicamente, ele entrasse e percebesse o fechar da porta, como se ela o trancasse lá dentro para sempre!

Daí vós correríeis e retiraríeis a chave, jogá-la-íeis no mar; porque na verdade, na verdade, ela representava toda a solidão que ao vosso peito comprimia. Imediatamente o vosso humor retornaria com o doce aflorar do vosso sorriso. E lá dentro do vosso coração, o anjo, com sua Lira do amor prateado desferir-vos-ia um canto. E pelo lirismo amoroso vós reconheceríeis o ser pelo qual o anjo fora enviado; e consecutivamente o próprio anjo, ou seja, as palavras que assim vos revelaríeis:

“As lágrimas (não de quem chora, mas de quem sorri), o sorriso (não de alegria, mas de dor) e a dor ( não de quem sofre mas de quem ama) são as causas mais substanciais do amor ( não de quem o possui, mas de quem o sonha).

lucheco
Enviado por lucheco em 20/01/2007
Código do texto: T353587