Apreciação.
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Os olhares se fundiram na mesma exceção,
Indo muito além, nos desígnios do infinito,
Fixaram-se na mesma formosa observação,
Tornando o tudo ao redor pulcro e bonito,
As mãos percorreram o mesmo sentido,
Entrelaçando-se numa declaração pueril,
Arguciosos contatos num clima já aquecido,
Aproximação delineada numa vontade sutil,
As células apresentando a percepção,
Na analogia que move o corpo sem destino,
Púberes batimentos ritmando o coração,
A lucidez aos poucos perdendo o tino,
Os dedos deixam a linha pré-situada,
Descobrindo aos poucos novos desenhos,
Seguem sem orientação na busca do nada,
Rumam redescobrindo outros empenhos,
E os olhares se voltam na mesma direção,
Fixando a mesma vontade nesta hora,
Os sentidos se aguçam na mesma emoção,
Pouco importa o tempo impetuoso lá fora,
Caminhos múltiplos sem sair do lugar,
Dedos, mãos, atitudes, latejos diversos,
Um encontro imaculado a luz do luar,
Registrado na fixação de preciosos versos,
A incidência vai muito além deste momento,
O oferecimento se faz completo neste instante,
Uma entrega incondicional de prazer e sentimento.
Correspondência absoluta da amada e seu amante,
Os dedos eufóricos desconhecem os limites,
Mesmo que nunca tenham sido estabelecidos,
Ocorrência concupiscente, palpitação, convites,
Apresentação isolada em deleites enternecidos!