Papo ecológico
Papo ecológico
(Areias do Campeche, Florianópolis)
─ Vizinha, sabe que eu adoro ver os passarinhos comerem as frutas lá no meu quintal!
─Eu também gosto!
─ Prefiro que eles comam, que as crianças da rua. Crianças os pais compram frutas no sacolão, além do mais, nem toda criança que sobe nas árvores, gosta, sobe só de folia, porque ver os colegas subirem, ainda quebram galhos e nem pedem desculpa para a árvore agredida
─Pois é...
Eu fico feliz e ao mesmo tempo entristeço, pois estou os alimentado, porém, é mal sinal, é que a natureza está defasada no alimento deles e depois?
─ Deus proverá!
─ Eu estive pensando... Quando está muito calor, sem chuvas, onde será que os passarinhos tomama água?
─ Ah, acho que voam para Lagoa do Peri, para nós é longe, para eles, num instante estão lá, bebem, matam a sede e depois voltam.
─É, se bem que um dia eu indo trabalhar num sol muito quente, fazia dias que não chovia, um calor de rachar, de fritar ovo no asfalto, como de costume, passei com meu triciclo na calçada da rua dos Eucaliptos e vi uma cena, achei que era um pássaro empalhado, parei, voltei para ver e ter certeza que não era engano meu. Um pequeno pardal feito uma estátua, morreu com o biquinho aberto, nem deu tempo de arriar, cair, morreu em pé.