A morte e a humanidade
Alvará morreu sem dizer adeus. Foi-se repentinamente.
Diante da morte o ser olha para si, pois nota-a chegando, então reflete sua existência e inevitavelmente é forçado a se relacionar com o passado. Quantos perdões a conceder, milhares de perdões à pedir. Agora o medo de se arrepender e nítido.
Mas pior que se Arrepender é sentir arrependimento nos últimos instantes, querendo voltar, sem poder, pois o caminho que fica as costas, fica as costas, e não da para consertar o que foi feito, somente fazer coisas novas.
Então são muitos que invejam Alvará, parece que o medo é pior coisa que pertence ao sistema da ontologia, grande mentira! Pois o grande caos da ontológico é o sentimento.
Por ele nascemos, vivemos e morremos, somos e deixamos de ser, é um “não” tão profundo que corta o “eu” como um “sim” que falamos no fim. Enfim, quando as forças se vão, estamos prontos para a redenção, então, sorte tens os crentes, os cristãos, budistas, hinduístas, espiritas, todos que estão agregados a religião, presos serão livres da fé infantil.
Alvará se foi e não disse adeus, foi-se repentinamente, foi-se feliz.