POR UMA MULHER

Carlos sena


 
Não sou ativista feminina.  Não sou de levar tapa na cara de homem e ficar com ele. Não sou amante à moda antiga. Não sou “metade de laranja” pra ninguém; não sou de depender de homem; não sou de ver casa desarrumada, nem de ver roupa suja sem lavá-las; não sou de desesperar quando um amor se vai; nem de ter medo de barata. Sequer de escuro tenho medo. Sou apenas mulher. Assim mesmo: feminina sem ser feminista capaz de denunciar quem me bater; capaz de amar e respeitar um homem na lógica da reciprocidade. Sou mulher amante e amada na real dimensão do afeto. Como mulher inteira até posso depender de homem, desde que de mim ele dependa pela soma das nossas atitudes respeitosas. Gosto de ler, de jantar fora, de fazer uma comidinha pro meu amado. Gosto de política e de votar certo e um ano depois não me esqueço em quem votei. Sou assim: mulher e nada mais! Enérgica e sensível. Romântica, sem ser ingênua. Capaz de matar um leão por dia, mas de morrer pela dignidade da vida. Capaz de dar a vida por um filho. Capaz de recomeçar sempre que preciso for, posto que não  vivo sem mim. Assim é que me vejo mulher. Como tal busco um bom homem. Afinal, lugar do HOMEM é perto da MULHER, pela beleza da convivência entre os diferentes.