Farol
 
A gente morre, morremos o tempo todo, um dia a gente morre pela última vez.
Não é alfa e nem ômega, é algo entre, que não sei o que é.
Há sim aquários por aqui, incrivelmente há peixes neles! Que coisa de outro mundo!
Detesto aquários e gaiolas, detesto prisões douradas!
Mentes doentias corrompem a natureza, retiram da liberdade, degeneram  e encarceram seres vivos. A vítima se torna dependente e incompetente.
Fico nesta infeliz tentativa de esclarecimento, tudo é tão óbvio que precisa ser confundido.
Quero dizer mesmo o que digo mesmo, a era de metáforas já não me interessa.
Nenhum gato subiu na árvore...
Aqueles peixes precisam mesmo de alimento, não são sardinhas, tubarões  e nem baleias; são peixes ornamentais, o que me é uma afronta! Não são meus, o que me impede de soltá-los.
Irritando-me ou não, eles têm fome, e os alimento de verdade como uma suposta benfeitoria.
Um pouco de dedicação, mesmo que às placas, ainda que por anúncios, já seria de alguma valia.
Palavras cruzadas fazem pequenos e eficientes milagres.
-Não quero mais ser parabenizada pela morte do meu pai!
Rose Stteffen
Enviado por Rose Stteffen em 01/03/2012
Código do texto: T3529164
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