O AMOR MORREU?
_ Aqui jaz o coração de um nobre.
_ Ora, pois quem é o morto?
_ O amor morreu, meu amigo.
_ Não me diga! Mas foi de morte morrida ou de morte matada?
_ É certo, o fidalgo foi assassinado. Arrancaram-lhe o coração do peito e o pobre teve ainda o seu corpo esquartejado.
_ Mas já há conhecimento sobre quem teria perpetrado crime tão vil?
_ Dizem que a mando do egoísmo, seu filho orgulho ceifou covardemente a vida do amor.
_ Estão presos os facínoras?
_ Esse tipo de gente sempre anda presa, meu caro. São prisioneiros da própria infelicidade.
_ Que lástima! Quando será o enterro do que restou do amor?
_ Ó meu aprendiz, é aí que reside o segredo. O verdadeiro amor nunca morre.
Quando o mesmo encontra-se em perigo de morte, este deixa a carcaça ameaçada e transfere-se para outros corações nobres, porque ninguém há de matar o amor.
NOTA: Somente após ter publicado esse belo poema _ um produto da esfera espiritual _ é que vim a perceber que trata-se de uma justa homenagem aos mártires do Cristianismo de todos os tempos. Ainda agora estou admirado e agradecido a Deus pelo presente que nos foi enviado.