LABAREDA DE FOGO...
Palavras enroscadas na garganta,
Palavras enroscadas na garganta,
deste grito mudo, ouço apenas o silêncio,
desvirginando meus ouvidos, nesta dor
que se agiganta...
Nas luzes da cidade, em festa,
o brilho salta sobre as cabeças humanas,
distraídas, puidas...
São travestis que transitam em busca de companhia,
viúvas com seus amores, putas cobrando favores...
E poetas tecendo versos e poesia...
o brilho salta sobre as cabeças humanas,
distraídas, puidas...
São travestis que transitam em busca de companhia,
viúvas com seus amores, putas cobrando favores...
E poetas tecendo versos e poesia...
Bizarros malabaristas, s'equilibram na corda bamba das metrópolis que devoram seus sonhos e ideais...
As luzes que se apagam e o terror propaga...
Labareda de pólvora, queima o peito...
tomba o herói, defendendo o pão.
Labareda de pólvora, queima o peito...
tomba o herói, defendendo o pão.
Nestes pesadelos abissais...chora o menino...
Com a pedra na mão...
*SCARPIN VERMELHO*
No negrume da madrugada,
O scarpin vermelho chapinha na calçada imunda
O resto da chuva caída.
Na ginga do errante se adivinha o peso da morte,
Que agora mesmo pousou, fresca,
No talho profundo, que lhe rasga o ventre.
A luz baça, que desce,
Faz flamejar irregulares e fugidios filetes carmins,
Logo diluídos no torvelinho da sarjeta.
O pouco de vida ainda ginga teimoso
No passadiço do nada,
Mas a morte já lhe tem a posse.
E, dona absoluta do que fora vida,
Já abandona o corpo caído,
Cujos olhos, abertos, brilham na luz baça, que desce.
Obrigada Luiz, teus versos deram vida à minha prosa...Bjs!
*SCARPIN VERMELHO*
No negrume da madrugada,
O scarpin vermelho chapinha na calçada imunda
O resto da chuva caída.
Na ginga do errante se adivinha o peso da morte,
Que agora mesmo pousou, fresca,
No talho profundo, que lhe rasga o ventre.
A luz baça, que desce,
Faz flamejar irregulares e fugidios filetes carmins,
Logo diluídos no torvelinho da sarjeta.
O pouco de vida ainda ginga teimoso
No passadiço do nada,
Mas a morte já lhe tem a posse.
E, dona absoluta do que fora vida,
Já abandona o corpo caído,
Cujos olhos, abertos, brilham na luz baça, que desce.
Obrigada Luiz, teus versos deram vida à minha prosa...Bjs!