BETHINHA, TERNURA E AMOR

Evaldo da Veiga


Encheram de mais a bola e a Bethinha se foi,
para onde só se soube depois.
Falaram tanto que a Bethinha é show de bola, 
que não tem para as celebridades de todos os cantos, e ai...

O Tião ficou na sua e nem deixou notar que sofreu,
sofreu demais, morreu, faliu...
Bethinha se foi e nem um bilhete deixou. 
Foi aborrecida, Tião pisou na bola, foi o que ela pensou.

A maldade tem ciência, cálculos e premonição. 
Armaram pra separar os dois, mais o amor venceu.
Bethinha disse que nada ao seu corpo aconteceu, 
muito menos à sua alma e o Tião acreditou. 

Bethinha jamais mentiu e não sujaria sua biografia, jamais.
Mulher tem em todo canto, foi o que pensou o Tião, 
mas uma Bethinha nem aqui, nem no mundo, 
muito menos no Japão.

Mulher é coisa séria, patrimônio maior, coisa Santa e Vadia, 
sorriso, ternura e encanto.
Homem é quase tudo assim como o Tião: 
pisa na bola, às vezes, mas tem uma mulher no coração. 

Mas onde foi Bethinha, afinal? 
O que fez a linda Bethinha, tendo ido ao Oriente próximo,
 ao médio e ao extremo?
Dizem as boas línguas que ela deixou Reis, Príncipes, Xás, Imperadores, todos de pau na mão. 
E o noticiário internacional mais tarde confirmou.

 E a razão de tanta fidelidade?
Todos se perguntavam.
“Amo o Tião, só isso!”
Disse a Bethinha,
eis sua razão.

PS.: Mulher que ama não trai; no máximo, se vinga! rsss

Imagem,  Fernanda Paes Leme


evaldodaveiga@yahoo.com.br