No mais
O que mais faço no âmbito subjetivo, é pensar em mim. Recordar. Refletir.
É o que acredito que muitos acabam por fazer, mesmo sem perceber. Mas eu percebo, e reflito.
Me pego pensando em mim, nas minhas atitudes, nas falhas, no que fazer e no que não fazer.
Penso que se eu pudesse sair de mim e me observar seria mais fácil notar as fraquezas. Acredito que minhas mudanças vem devagar, e só vem com o tempo enrugado de ter que passar por tantas pessoas e por existir por si só, independente.
As vezes me pego pensando nessa loucura de estar vivo, nessa incrédula vida que parece escorrer rápido demais.
Quando me percebo e reflito eu me sinto pequeno, me sinto um só em meio aos povos, e em conseqüência disso me envergonho por ter sido egoístas tantas vezes achando me bom demais.
Quando paro pra refletir me dá até medo. Medo de estar aqui e já estou. Medo de ser tão pequeno e tão inválido. E por fim me sinto na obrigação de ser menos, de aceitar as condições que foram impostas a mim, pela vida. E não há nada que posso fazer a não ser aprender todos os dias enxergar o mundo belo, apesar dos problemas, já que todos tem. Aprender a respeitar a sorte de estar aqui e de poder ter a graça de sentir todas as sensações, as alegrias, as cores e tudo inexplicável que existe.
Não há o que questionar, questões nascem dentro de nós e é lá que devem ser resolvidas.
No mais, eu apenas vivo.