Recordações
Ah! Que saudade da minha bela infância.
Vontade de voltar a ser criança,
Brincar sem dar muita importância
Que ali tudo é real.
Quanta saudade do abraço doce da laranjeira,
De escorregar velozmente do topo ladeira
Assaltar às escondidas a velha geladeira
Esperar ansiosamente pelo natal.
Quem dera a mim, ouvir minha mãe a ralhar,
Juntar aos meus irmãos, brigar e brincar,
As broncas do meu pai, cabisbaixo levar
E a noite, quando chove, me esquentar com nescau.
Aprontrar, aprontar e aprontar,
Pra que fui crescer?
Deixei de viver a vida como de brincadeira
Achando que nada era pra valer!
Oh, meu Deus, preservas em mim aquela linda criança
E não permitas que um dia ela venha morrer!