Louca dissertação amorosa
Não sei em que horário foi, sei sequer qual dia,
Foi num momento perdido entre a alma e a mente.
Foi vendo um clipe imaginário de um futuro abstrato
Percebendo que os delírios se voltavam para o sol
E as ilusões divagavam à luz da lua.
Na invenção de versos sofridos e derramados de doçura
Transpus os idiomas que sussurravam meus amores
Em tantos dialetos que me gritava em coro
minha esperança de lúcidas espectativas e translúcidas idéias.
E nesse derramamento me supus vencida e fraca
Quando a força me arrastava por entre esses abismos de mim
Fui entregue as minhas alucinações e realidades
Nesse instante crucial em que me notava sem saber quando
Até sentir o último suspiro, no meu sentido torpe, de uma alma sangrada
Em tantas adagas desse sentimento primário chamado amor...