Morte Insistente
Quem tornas a ti viva, ó morte?
E por que a ti fim não vem?
Pois a todos abraças,
Tudo tens levado ao pó.
Eis que tens mais vida,
Quando morte te és surgida.
Negra, enquanto noite
Noite, enquanto morte.
Ah! Se te mato, morte infeliz!
Suicidar-se-ia talvez,
Se tu louca fosses.
Sorriria lágrimas em tua sepultura.
Dos mistérios teus, as vísceras provaria
Ocultos em cada historia das vítimas tuas.
E morreria, embriagado pela tua desgraça.
Ó morte, pois, que morta, ainda a mim, vem, e matas!