DESCULPA POÉTICA

Desculpe-me as palavras que estão para serem ditas,

quando me calo.

Desculpe-me as vozes e suas histórias que ecoam aqui,

quando não tenho tempo para ouvi-las.

Desculpe-me os versos que compus em silêncio

e que se perderam na memória,

quando não parei para registrá-los.

Desculpe-me a poesia que salta dentro de mim,

quando a sufoco na aridez da lida.

Desculpe-me ser barulho, quando queria ser silêncio!

Suerdes Viana
Enviado por Suerdes Viana em 15/02/2012
Reeditado em 20/04/2012
Código do texto: T3501303
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