HOJE EU POSSO...
É meu direito. Se ninguém entende, talvez nem eu. Mas sei que hoje eu posso. Ninguém "ouse-me" dizer o contrário. Mas se disser, não vou ouvir.
Aprendi a lição com meu irmão e amigo Padre Fábio de Melo: "Só dê ouvidos a quem te ama..." E eu sei que quem me ama (de verdade) respeita meu momento. Não vai me contrariar quando decido fechar a porta, descer as cortinas, encerrar o expediente mais cedo.
Sabe como sou e preciso continuar sendo isso: Um ser mutante sobrevivendo em meio a transformações constantes.
Alguém que chora e muitas vezes se ignora, que ama, se apaixona, acerta, erra, se engana, se desengana, procura acertar, volta a errar, se arrepende, compreende sem pedir para ser compreendida, volta a se esforçar para continuar a acertar, sofre, se contorce, se descompensa, mas pensa, e às vezes, pensa em ir embora.
Se retrai, volta atrás e mais uma vez chora, se for preciso, implora. Reconhece se tem culpa, pede desculpa ou perdão, se necessário, de joelhos, se magoada, perdoa, e continua a amar.
Outra vez chora e de rosto e olhos vermelhos, para falar com alguém lava o rosto e ver se estar melhor em frente ao espelho. Alguém que sonha (e sonha muito) sem sentir vergonha de parecer ridículo porque ama sonhar, vislumbrar novos horizontes e acreditar que o ser humano ainda pode fazer do mundo um lugar melhor.
Um ser que vive sem saber se é normal, mas não faz diferença saber ou não, os "normais" não sabem viver melhor. Prefiro (se não for) não ser "normal". É mais divertido. Vejo muita graça na vida, olhando pela janela a chuva caindo, ouvindo o brado do trovão e vendo o clarão do raio. Isso é fantástico! Os "normais" talvez nem saibam ver os detalhes pequenos que embelezam o olhar e fazem a alma cantar e dançar ou... se veem não dão tanta importância.
Não sei se tenho mais virtudes ou defeitos, não sei se existe um "Q.I. ou sei lá o quê" para medir essas coisas. Clarice me disse um dia: "Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro." Eu acredito. Por isso, sou esse ser tranquilo/desassossegado, vivendo entre guerra frequente e uma constante paz.
Sei que hoje eu posso. Ao menos hoje eu posso me dar o direito de poder chorar e uma só vez não atender o celular. Não porque é vergonhoso chorar, mas para não contagiar ninguém com a minha tristeza, afinal não sou uma pessoa triste, não tenho "baixo astral", gosto de elevar a auto-estima das pessoas. Tenho momentos de "recolhimento" só isso.
Estou sozinha em casa. Fechei a porta do quarto. Liguei o ar. O celular, que muitas vezes toca com frequência, está na vibração. E como hoje eu posso, deixe-me chorar sem me incomodar. Não pergunte a razão, não queira saber. Nem sei se existe sempre razão para chorar... Qualquer compromisso, fale que atenderei à noite ou amanhã. Simplesmente porque "Hoje Eu Posso... Chorar."
Isis Dumont
Beijos poéticos pra você, nessa tarde em que me permito... Chorar...
É meu direito. Se ninguém entende, talvez nem eu. Mas sei que hoje eu posso. Ninguém "ouse-me" dizer o contrário. Mas se disser, não vou ouvir.
Aprendi a lição com meu irmão e amigo Padre Fábio de Melo: "Só dê ouvidos a quem te ama..." E eu sei que quem me ama (de verdade) respeita meu momento. Não vai me contrariar quando decido fechar a porta, descer as cortinas, encerrar o expediente mais cedo.
Sabe como sou e preciso continuar sendo isso: Um ser mutante sobrevivendo em meio a transformações constantes.
Alguém que chora e muitas vezes se ignora, que ama, se apaixona, acerta, erra, se engana, se desengana, procura acertar, volta a errar, se arrepende, compreende sem pedir para ser compreendida, volta a se esforçar para continuar a acertar, sofre, se contorce, se descompensa, mas pensa, e às vezes, pensa em ir embora.
Se retrai, volta atrás e mais uma vez chora, se for preciso, implora. Reconhece se tem culpa, pede desculpa ou perdão, se necessário, de joelhos, se magoada, perdoa, e continua a amar.
Outra vez chora e de rosto e olhos vermelhos, para falar com alguém lava o rosto e ver se estar melhor em frente ao espelho. Alguém que sonha (e sonha muito) sem sentir vergonha de parecer ridículo porque ama sonhar, vislumbrar novos horizontes e acreditar que o ser humano ainda pode fazer do mundo um lugar melhor.
Um ser que vive sem saber se é normal, mas não faz diferença saber ou não, os "normais" não sabem viver melhor. Prefiro (se não for) não ser "normal". É mais divertido. Vejo muita graça na vida, olhando pela janela a chuva caindo, ouvindo o brado do trovão e vendo o clarão do raio. Isso é fantástico! Os "normais" talvez nem saibam ver os detalhes pequenos que embelezam o olhar e fazem a alma cantar e dançar ou... se veem não dão tanta importância.
Não sei se tenho mais virtudes ou defeitos, não sei se existe um "Q.I. ou sei lá o quê" para medir essas coisas. Clarice me disse um dia: "Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro." Eu acredito. Por isso, sou esse ser tranquilo/desassossegado, vivendo entre guerra frequente e uma constante paz.
Sei que hoje eu posso. Ao menos hoje eu posso me dar o direito de poder chorar e uma só vez não atender o celular. Não porque é vergonhoso chorar, mas para não contagiar ninguém com a minha tristeza, afinal não sou uma pessoa triste, não tenho "baixo astral", gosto de elevar a auto-estima das pessoas. Tenho momentos de "recolhimento" só isso.
Estou sozinha em casa. Fechei a porta do quarto. Liguei o ar. O celular, que muitas vezes toca com frequência, está na vibração. E como hoje eu posso, deixe-me chorar sem me incomodar. Não pergunte a razão, não queira saber. Nem sei se existe sempre razão para chorar... Qualquer compromisso, fale que atenderei à noite ou amanhã. Simplesmente porque "Hoje Eu Posso... Chorar."
Isis Dumont
Beijos poéticos pra você, nessa tarde em que me permito... Chorar...