ESCRITOR LEITOR
Na firmeza de cada traço
Ouso reescrever os enigmas que desvendaram
O segredo de minha vida...
Escrita e leitura
Não podem estar afastadas
Da essência do meu Ser leitor...
É a escrita a lei capaz de libertar
Ou condenar a humanidade...
Assim, raia nas linhas do papel
O primeiro marcos do escritor...
Começa num simples imitar,
Vai do rabisco até as garatujas
De quem sabe um dia, futuro escritor/leitor. ..
Escrever é a sina de cada civilização
Na ânsia de deixar marcas
Da historia de cada povo...
Escritor-leitor transforma o hábito da leitura
Em criação de sua escritura...
É impossível pensar no ato de escrever
Sem a condição de ler,
Pensar,
Analisar,
Refletir,
Sintetizar e autorizar-se a devanear
A prática das palavras no papel...
O hábito de ler revela o ‘desejo do Outro’,
De ouvir as palavras não ditas,
Os pensamentos ocultos e a interpretação
Das histórias não contadas...
Portanto, não basta a leitura escrita,
É necessário haver a capacidade do escritor
Em despertar o desejo revelador
Para que sua própria arte fixe na história. .
A arte de escrever contagia de forma contextualizada
O suavizar ou até mesmo o potencializar
Das questões que envolvem a vida...
Essa arte pode nascer da figura de um mestre
Capaz de dar vida ao Outro,
Despertando nele, o recordar dos sonhos
Que permanecem intocados
Nas artimanhas do inconsciente,
Até a sofrida decisão de desenhá-los em forma de escritas
Numa folha papel –
Ou na tela aberta –
Os traços de sua existência...
O hábito de ler as palavras não ditas,
Os pensamentos ocultos
E as interpretações das histórias não contadas
Faz do escritor o criador
De sua própria obra.