O bafo do novo mundo
O dente da imposição foi extraído,
lá no fundo a cárie da existência.
Nem dor sentiu a contradição, tava distraído,
agora a realidade mastiga vazia sua essência.
Cospe sangue para aliviar a alma,
a saliva que era salubre já cheira a salitre.
A boca desdentada grita chamando a informação,
a noticia que chega pede calma.
O bafo do novo mundo, do céu ao fundo,
a calamidade o podre profundo.
O flúor do tempo exala suor,
a raiz que cresce é a menor.
Mau halito em criar hábito,
gargarejando o tempo como passatempo.
Surge um implante no pensamento,
o ato de sorrir virou incremento.
"""""As raízes profundas da existência"""""